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Cristovão Colombo

 

“Eu  já disse que para a execução do empreendimento das Índias de nada me serviam razões matemáticas ou mapas mundi. O que integralmente se realizou foi o que Isaías havia  anunciado. E é o que eu desejo deixar aqui escrito para avivar as vossas memórias”.

Carta de Colombo aos reis católicos.
Libro de las profecías of Christopher Columbus.

“Deus fez de mim o mensageiro de novos céus e da nova terra, de que falou no Apocalipse de São João, depois de já antes ter falado pela boca de Isaías.”
Cristóvão Colombo

Devido às suas aspirações messiânicas, Cristóvão Colombo foi considerado um judeu converso, embora não haja provas disso. Outros autores, como Frei Bartolomeu de Las Casas (1474-1566) (66) já veem uma forte influência franciscana no espírito do descobridor da América, garantindo que o famoso navegador tinha uma grande devoção por São Francisco e pela Imaculada Conceição.

Vestia-se na maior parte do tempo com um hábito da Ordem Terceira Franciscana e foi com ele que morreu. A devoção à Santíssima Trindade vinha-lhe da tradição gioachimita – e suas confissões e comunhões frequentes mostravam o profundo espírito ascético e cultivador da espiritualidade interior próprios dos “iniciados” na sabedoria oriental templária.

Também são caracteristicamente templários os conhecimentos sobre as novas terras a serem descobertas. CASAS, B. de Las Historia de las Indias. Madrid, Biblioteca de autores españoles, 1875-1876.

Os temas da reconquista da Terra Santa, libertação do Santo Sepulcro e evangelização de todos os povos ficaram claramente expressos nos escritos e cartas de Colombo; e foi tomado desses ideais messiânicos que ele conseguiu a vitória na sua empresa de descobrir o “Mundo Novo”.

Numa célebre carta, provavelmente de 1501, destinada aos Reis Católicos, o navegador afirmava:

“Eu já disse que para a execução do empreendimento das Índias de nada me serviam razões matemáticas ou mapas-múndi. O que integralmente se realizou foi o que Isaías havia anunciado. E é o que eu desejo deixar aqui escrito para avivar as vossas memórias e para que rejubilem com o que lhes direi sobre Jerusalém… e sobre o empreendimento, cujo êxito, se tiverem fé, podem tomar por certo”.

Libro de las Profecias (of Christofer Columbus), op. cit.,p.110.

O jornal O Estado de São Paulo publicou recentemente a seguinte notícia da qual citamos um pequeno trecho:

“Encontrado manuscrito de Cristóvão Colombo. No texto, descobridor descreve-se como alguém que ilumina o mundo’”. Roma – Um manuscrito assinado por Cristóvão Colombo, no qual ele se descreve como alguém que “ilumina o mundo”, foi encontrado num arquivo particular em Nápoles. Colombo (…) acrescenta:

“O Senhor enviou-me às Índias em nome da Santíssima Trindade para que eu pudesse ser uma grande luz a brilhar no mundo todo”. (“O Estado de São Paulo”, 6 de outubro de 1999, p. C-14).

Um certo padre Gorrizio, a pedido de Cristóvão Colombo, selecionou e reuniu, no “Livro de Profecias”, textos antigos e recentes sobre a “restauração de Jerusalém”. De um lado, textos bíblicos, sobretudo de Isaías, dos Salmos, dos Evangelhos e do Apocalipse; por outro lado, citações de autores como Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Santo Isidoro de Sevilha, Gioachino di Fiori, rabino Samuel, rabino Isaac, etc.

(The Libro de Las Profecias of Christopher Columbus, University of Florida Press, Gainesville).

Os rabinos Samuel e Isaac escreveram cartas com grande repercussão  — traduzidas e publicadas em latim, castelhano, alemão e italiano. O tema central delas é que Sião vai ser reconstruído, e Jerusalém, restaurada, mas por ação dos gentios, ou seja, cristãos. É evidente que se deve ter em conta a simbologia da palavra Sião e Jerusalém, não as considerando como os locais já geograficamente determinados, mas como a representação da sociedade ideal e divina sobre a Terra, que, aliás, reuniria dentro de si todos os povos: “O Senhor reinará em toda a Terra. E nesse dia o Senhor será único e único será o seu nome”.

O “Livro de Profecias” menciona várias vezes Tarsis e Ophir, donde provinham as riquezas de Salomão. Colombo identificou algumas das ilhas recém-descobertas da América como parte dessas ricas terras descritas por Salomão.

Em 1500 escrevia o navegador:

“Deus fez de mim o mensageiro de novos céus e da nova terra, de que falou no Apocalipse de São João, depois de já antes ter falado pela boca de Isaías. Foi ele que me mostrou o lugar onde encontrá-los. Do novo céu e da nova terra, de que falava Nosso Senhor através de João no Apocalipse, depois de o ter posto na boca de Isaías, ele fez-me mensageiro e mostrou-me o lugar”. DELUMEAU, Jean. Mil Anos de Felicidade, op. cit., p. 246, 248.

O sonho de Cristóvão Colombo foi por muitos considerado “quimérico”, mas o fato é que se não fosse seu entusiasmo, aliado a conhecimentos de mapas antigos, navegação e astronomia, obtidos desses grupos secretos esotéricos, e se não fosse, antes de tudo, sua fé nas profecias sobre o 5° Império, o mundo teria seguido por caminhos muito diferentes.

O navegador, cuja origem verdadeira é até hoje incerta, inaugurou uma tradição: de ver nas Américas uma nova terra prometida. L.I. Sweet escreve que “a história da América começou com a expectativa do Milênio”. E diz mais — “o estudo do milenarismo na história (norte) americana deve começar; não pela Antiga ou pela Nova Inglaterra, mas pela Espanha, não por Winthcop a bordo do Arabella, mas por Cristóvão Colombo, a bordo do Santa Maria”.

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