Transcrição do áudio:
A humanidade não pode ter senhores e escravos; a humanidade tem de ser constituída por seres semelhantes, e um grupo de líderes, que a ensinem como agir em benefício do próximo. Sei que este trabalho é imenso — mas ele tem de ser realizado, porque está de acordo com a nossa natureza humana e destino. Fomos criados exatamente para viver assim.
O centro da sociopatologia é o desejo do poder; toda pessoa que tiver um poder livre, fará as maiores desordens, porque dará vazão a toda a sua psicopatologia; vamos dizer que a patologia já é uma falta de controle, ou uma atitude sem coação a todos os desejos — de maneira que a doença mental não é algo da estrutura do ser humano, mas de sua conduta (negação, omissão, ou de deturpação da realidade).
Se o homem controlar seu comportamento (externo e interno), jamais cairá na neurose ou psicose: no plano psicológico, são as emoções e os pensamentos; no plano social, é a conduta em sociedade. Não pode haver pessoa equilibrada, que não seja moderada em suas ideias e sentimentos, e quanto a sua vida social. Se em um dos dois não houver harmonia, é sinal que no outro também não haverá. Por exemplo: uma pessoa que tenha alucinações, jamais terá uma vida social normal — assim como um indivíduo que tenha um desajuste social, não poderá ter uma vida psíquica equilibrada.
Estou mostrando que o cerne da vida é a ação, que é um movimento do interior para o exterior, e do exterior para o interior; é uma combinação geral de todos os movimentos que, quanto mais puros, mais perfeitos — e toda vez que sofre restrição, omissão ou deturpação, perde sua bondade e perfeição. Vamos dizer que no Criador, todos os movimentos são de bondade, beleza e verdade, e nas criaturas, uma mistura de bondade e maldade, beleza e feiura, verdade e mentira.
Livro: A Libertação Dos Povos: A Patologia Do Poder. Publicado em 1986 por Norberto Keppe.
Locução: Celso de Andrade
Uma resposta
Bom.